quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

GRES Portela

GRES Portela
Fundação: 11 de Abril de 1923 (87 anos)
Cor: Azul e Branco
Carnavalesco: Roberto Szaniecki
Enredo: "Rio,Azul da cor do mar"


Em 1923, existiam em Osvaldo Cruz, subúrbio da Central do Brasil, os blocos carnavalescos Baianinhas de Osvaldo Cruz e Quem fala de nós come mosca, o primeiro formado por adultos, entre eles Galdino Marcelino dos Santos, Antônio Caetano, Antônio Rufino, Candinho - primeiro mestre de canto (hoje o puxador do samba) - e Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela - Segundo mestre de canto (todos diretores), Claudionor Marcelino, irmão de Galdino José da Costa, Álvaro Sales, Angelino Vieira, Manuel Barbeiro, Alfredo Pereira da Costa, Carminha, Benedito do Braz (componentes). E o segundo bloco formado por crianças. A festeira dona Esther Maria de Jesus, do "Come Mosca", formado exclusivamente por crianças, por ter muita influência na área oficial à época, conseguiu toda a legalização na polícia (registro e permissão de funcionamento) para o bloco sair. O "Come Mosca", por possuir menores, saía apenas durante o dia. O "Baianinhas", que descia à noite para a Praça Onze, levava emprestada a licença do "Come Mosca". O fato fazia com que muita gente confundisse os blocos.
            Em 1926, o "Baianinhas" desapareceu (em conseqüência de brigas internas), e foi fundado, embaixo de uma mangueira, na casa de seu Napoleão (pai de Natal), o Bloco Carnavalesco Conjunto Osvaldo Cruz, tendo como principais cabeças Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela; Antônio Caetano e Antônio Rufino. As reuniões do bloco eram feitas na casa de Paulo da Portela, na Barra Preta, em Osvaldo Cruz.
            Em 1929, dia 20 de janeiro (dia de Oxossi), Heitor dos Prazeres, um representante do conjunto de Osvaldo Cruz, vence o primeiro concurso entre as escolas de samba e, na volta para Osvaldo Cruz, troca o nome do "conjunto" por Quem nos faz é o capricho. Inconformado, em 1930, Manuel Bam, Bam, Bam assume o controle do grupo e transforma o Quem nos faz é o capricho em Vai como pode. Apesar de ser citado apenas o Vai como pode como o bloco antecessor da Portela, provavelmente os pioneiros são o Baianinhas e "Come Mosca". Por isso, a data de fundação da Escola é 11 de abril de 1923.
Em 1935, a já consagrada localidade de Osvaldo Cruz, como reduto do samba, também se consagrava com a fundação do G.R.E.S. Portela. A Portela é, hoje, uma das Escolas que possui maior número de campeonatos, totalizando 21. Neste período, fez 2 bicampeonatos, 2 tricampeonatos, 2 tetracampeonatos, 1 pentacampeonato, 1 hexacampeonato e 1 heptacampeonato.
            A Portela - e sua antecessora, sua origem - é tida ( e/ou se tem) como pioneira, em vários aspectos do Carnaval: a primeira escola de samba a utilizar alegorias. Teria feito o primeiro samba-de-enredo (1939 - Teste ao Samba , de Paulo da Portela). Introduziu a comissão de frente uniformizada. Teria sido a primeira a usar corda. Criou a caixa surda e o reco-reco (Adalberto dos Santos, 1929. Aqui, obviamente antes de chamar-se Portela).
            São considerados fundadores: cabeças Paulo Benjamim de Oliveira (Paulo da Portela); Antônio Caetano; Antônio Rufino; Manoel Gonçalves (Manuel Bam, Bam, Bam); Alcides Dias Lopes (Alcides Histórico); José Natalino (Natal); Heitor dos Prazeres, Candinho, Cláudio Manuel e outros.






Brilhou no céu
A luz da Águia, a estrela-guia
Do coração navegador
Que na travessia enfrentou
Todo o medo que havia
Era a mitologia do mar
A lenda deu lugar para a certeza
Que pra viver é preciso navegar
As galés do Oriente...já vêm!
Da Fenícia e do Egito... também!
Gregos e romanos partem para conquistar
e o Farol de Alexandria fez a noite clarear
 
Os mistérios vão desvendar
Um novo caminho encontrar
Lá na Índia, especiarias
Leva-e-traz mercadorias


A ambição do europeu se encantou
Com o Novo Mundo de riqueza natural, sem igual
Os navios negreiros
Deixam seus lamentos pelo ar
Nas águas de Yemanjá
Nem pirata aventureiro, nem o rei podem mandar
Oi leva mar, oi leva
Leva a jangada numa nova direção
O Porto centenário abriu seus braços
Na terra de São Sebastião
Portela vai buscar no horizonte
A eterna fonte de inspiração
Um oceano de amor que virou arte
E deságua na imaginação


Lindo como o mar azul
Meu grande amor, minha Portela
A força do seu pavilhão vai me levar
A navegar



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